Tranquilidade. Serenidade. Paz.
São sentimentos comuns a muitos lugares. A vários estados de espírito, todos ligados a Chora.
O sol morno acaricia-nos a face enquanto
escalamos os últimos degraus que levam à Portara. A lua eleva-se sobre o casario, que se ergue sobre o mar, abraçado por imponentes muralhas. Um quadro perfeito. Voltamos-lhe
as costas. No lado oposto, como que a saudar a sua chegada, o sol desce
languidamente e pinta o horizonte de tons cada vez mais quentes.
Há casais enamorados. E os japoneses, inevitavelmente de
câmaras em riste. Há blocos de pedra espalhados ao acaso, restos do templo de
Apolo. Escolhemos o mais confortável. Sentamo-nos. Esperamos. O
sol desce, finalmente. Perde-se na finitude do mar. Há aplausos. O momento de
tranquilidade, serenidade e paz termina.
É outro dia, já. Vamo-nos aventurando por caminhos sem nome. O sol esmaga. Ao longe, o calor
árido desfoca a paisagem.
As janelas do nosso ford fiesta vão abertas. Convidam a brisa
perfumada da erva seca. A paisagem é de uma monotonia estranhamente confortante. Lampejos de verde coloram as montanhas acastanhadas, relembrando que o Verão vai ainda no inicio.
Dizem os locais que esta é a terra de Dionísio (ou Baco para os romanos). E que a sua fertilidade a devem ao Deus do vinho, como paga por ter sido aqui criado por ninfas da ilha.
A verdade é que estas azeitonas são mais suculentas que as das ilhas irmãs. O queijo, seguramente mais cremoso. O peixe, certamente mais fresco. Ou será o nosso subconsciente a aguçar as papilas gustativas? A prosperidade é visível. Nas suas montanhas e na sua história.
O balir das ovelhas ecoa pelo caminho. A subida é longa e demorada. O destino final é Apeiranthos, a vila mais tradicional da ilha. Mas o trajeto insinua-se difícil e obriga a constantes mudanças de trajeto. Estes caminhos não aparecem no mapa. Finalmente, avistamo-la: a 650 metros de altitude, empoleirada precariamente numa encosta.
Contamos os minutos para chegar. Para percorremos a brancura das suas ruelas desertas. É hora do calor do meio-dia. Os únicos habitantes que se encontram por perto estão abrigados à sombra dos guarda sois em amena cavaqueira e armados de cerveja gelada.
Almoçamos com vista deslumbrante. Recordamos a manhã a explorar a linha costeira da ilha enquanto degustamos a famosa moussaka, um prato típico grego feito de beringelas suculentas recheadas de borrego.
Dizem os locais que esta é a terra de Dionísio (ou Baco para os romanos). E que a sua fertilidade a devem ao Deus do vinho, como paga por ter sido aqui criado por ninfas da ilha.
A verdade é que estas azeitonas são mais suculentas que as das ilhas irmãs. O queijo, seguramente mais cremoso. O peixe, certamente mais fresco. Ou será o nosso subconsciente a aguçar as papilas gustativas? A prosperidade é visível. Nas suas montanhas e na sua história.
O balir das ovelhas ecoa pelo caminho. A subida é longa e demorada. O destino final é Apeiranthos, a vila mais tradicional da ilha. Mas o trajeto insinua-se difícil e obriga a constantes mudanças de trajeto. Estes caminhos não aparecem no mapa. Finalmente, avistamo-la: a 650 metros de altitude, empoleirada precariamente numa encosta.
Contamos os minutos para chegar. Para percorremos a brancura das suas ruelas desertas. É hora do calor do meio-dia. Os únicos habitantes que se encontram por perto estão abrigados à sombra dos guarda sois em amena cavaqueira e armados de cerveja gelada.
Almoçamos com vista deslumbrante. Recordamos a manhã a explorar a linha costeira da ilha enquanto degustamos a famosa moussaka, um prato típico grego feito de beringelas suculentas recheadas de borrego.
São quilómetros extensos de areia branca e macia. Rodeiam quase toda a ilha. O mar azul turquesa. De uma tonalidade muito
semelhante às cúpulas das igrejas que se avistam ao longe, nas montanhas
distantes. E transparente. De uma limpidez quase platónica.
Vantagem para uns, motivo para não a visitar para outros: nudismo. É uma prática muito
popular em toda a ilha. Não nos incomoda. A maioria destas praias estão
desertas. Como em Roma, também fizemos por ser romanos… ou quase!
A última paragem é
Chora. Vagueamos pela pequena cidade, sempre com os olhos no mar. Por entre
casas de portas coloridas e flores que espreitam a cada esquina. Um cenário que
facilmente poderia ter sido retirado do cinema, sem as hordas de turistas que
enchem as ruelas semelhantes de Mikonos.
Deixamos as muralhas silenciosas. Encaminhamo-nos para o porto. O sol desce novamente sobre o mar. Há aplausos ao longe.
Deixamos as muralhas silenciosas. Encaminhamo-nos para o porto. O sol desce novamente sobre o mar. Há aplausos ao longe.
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